sexta-feira, 26 de outubro de 2007

"All art is quite useless"

INSPIRAÇÃO?

“Sou um bom artesão. Trabalho bem com as palavras. Só que às vezes vem um lampejo, uma idéia luminosa – e esse lance eu não domino. Por esse eu não respondo. Respondo pelo artesanato, tenho consciência do meu potencial. Mas os momentos mágicos – estes me surpreendem.”

Chico Buarque, sobre a arte de compor.
(retirado do artigo "Inspiração ou Transpiração na Música Popular Brasileira?", por Renato Vivacqua)


TRANSPIRAÇÃO?

"Diante de um poema, sente-se bem que há pouca chance de que um homem, por mais bem-dotado que seja, possa improvisar para sempre, sem outro trabalho além daquele de escrever ou de ditar um sistema contínuo e completo de criações felizes. Como os vestígios do esforço, as repetições, as correções, a quantidade de tempo, os dias ruins e os desgostos desapareceram, apagados pela suprema volta do espírito para sua obra, algumas pessoas, vendo apenas a perfeição do resultado, considera-la-ão o resultado de uma espécie de prodígio, denominado por elas INSPIRAÇÃO. Fazem, portanto, do poeta, uma espécie de médium momentâneo. (...)
Na verdade, existe no poeta um tipo de energia espiritual de natureza especial: ela se manifesta nele revelando-o a si mesmo em certos minutos de preço infinito. Infinito para ele... Estou dizendo: infinito para ele, pois a experiência ensina que esses instantes que nos parecem de valor universal às vezes não têm futuro e levam-nos finalmente a meditar sobre a sentença: o que vale apenas para um nada vale. É a lei implacável da Literatura."

Paul Valéry, sobre a arte da poesia.
(retirado do ensaio "Poesia e pensamento abstrato", incluído no livro "Variedades" -São Paulo, Iluminuras, 1991)

O ARTISTA

"The artist is the creator of beautiful things.
To reveal art and conceal the artist is art's aim.

(...)

No artist desires to prove anything. Even things that are true can be proved.
No artist has ethical sympathies. An ethical sympathy in an artist is an unpardonable mannerism of style.
No artist is ever morbid. The artist can express everything."

Oscar Wilde, sobre o artista.
(Prefácio de "The Picture of Dorian Gray")


LIVROS E UM CONSELHO

"There is no such thing as a moral or an immoral book. Books are well written, or badly written.
That is all."

Oscar Wilde, ainda no prefácio de Dorian Gray.



Neil Gaiman, para os aspirantes a escritores.

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Apenas alguns recortes avulsos, sobre temas que vêm ocupado a minha mente, o que não é lá muito pertinente na minha atual situação. Afinal, enquanto meus pensamentos voam, falta UM MÊS para o vestibular e eu ainda nem toquei nas minhas apostilas. Ou melhor, toquei sim - para apagar as respostas que nelas deixei há uns cinco anos. Ah! E somente hoje peguei a lista das leituras obrigatórias:

Auto da barca do inferno – Gil Vicente;
Memórias de um sargento de Milícias – Manuel Antônio de Almeida;
Iracema – José de Alencar;
Dom Casmurro – Machado de Assis;
A cidade e as serras – Eça de Queirós;
Vidas secas – Graciliano Ramos;
A rosa do povo – Carlos Drummond de Andrade;
Poemas completos de Alberto Caeiro – (heterônimo de Fernando Pessoa);
Sagarana – João Guimarães Rosa

Acho que o "Sagarana" é o único que eu não tenho, mas amanhã penso nisso. Amanhã bem cedo, diga-se de passagem... um dia ainda me acostumo a acordar às 5:30 da manhã em pleno sábado.

Um comentário:

Tüppÿ disse...

Neil Gaiman *-*

Oscar Wilde *-*



Eu li três dessas suas leituras obrigatórias. E eu tenho medo do João Guimarães Rosa xD

Enfim... Vai estudar, mulé Ò.Ó

*falou aquela que deveria estar estudando Matemática, mas acabou indo fuçar blogs alheios*